10 de outubro de 2010

Algumas estatísticas

·         Dados de 2008 sobre Expectativa de Vida:
Mundo: 66,5 anos
Angola: 37,92 anos
Brasil: 72,86 anos

E o que isso muda na perspectiva de vida das pessoas?!
Logo que cheguei aqui ficava espantada com as mulheres na rua cheias de filhos. Elas próprias pareciam tão novas. As funcionárias, colegas de trabalho com seus vinte e poucos anos geralmente já são casadas e têm lá pelo menos uns 2 ou 3 filhos.
Elas acham um absurdo que eu seja solteira, que não tenha filhos. Ficam tentando arrumar pretendentes. Peguei no outro dia elas avaliando alguns homens no trabalho e dizendo: “Não, este é muito velho pra ela”. “Prefiro aquele outro ali, é mais bonito”.
E no início eu não entendia a pressa delas em se casar e ter tantos filhos. Mas quando parei pra pensar na expectativa de vida deles, comecei a perceber que até fazia sentido (E não que essa seja a única explicação).
A minha faixa de idade, por exemplo, corresponderia a 74% da vida de uma angolana. Ou seja, eu já estaria na reta final, mais pra lá do que pra cá... Talvez realmente devesse correr logo para arranjar o tal marido e os miúdos, se quisesse ver eles chegarem pelo menos à adolescência.
Mas de acordo com a expectativa brasileira eu teria vivido aproximadamente 38%. Diferencinha razoável. E olha que o Brasil nem é referência nesse quesito.


Mas tenho que acrescentar algumas correções. Em 2008 a expectativa de vida em Angola, segundo dados divulgados pelo Sr. presidente aumentou para 47 anos.
A mortalidade infantil passou de 150 para 110 mortes a cada 1000 nascidos.
A porcentagem de nascimentos assistidos por um profissional de saúde aumentou de 22 para 49%.
Mais de 60% das famílias angolanas não possuem "habitação digna".
47% dos cidadãos angolanos possui um telefone celular.

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