11 de julho de 2012

Namíbia


A Namíbia foi colônia alemã a partir de 1884. Após a primeira guerra mundial teve seu território administrado pela África do Sul e posteriormente pela Liga das Nações/Nações Unidas. A independência só veio em 1990.

O idioma que ficou foi o inglês, mas o que vi foi a grande maioria da população falando dialetos. Entre eles é praticamente só o que usam. Alguns quase não falavam inglês. Claro que isso pode ser a realidade da região por onde passei.
A moeda é o dólar namibiano, que tem taxa de câmbio atrelada ao Rand Sul-africano. E por esse motivo o Rand pode ser utilizado também.
É considerada um dos países mais estáveis e acessíveis da Africa.
Desci de carro e atravessei por via terrestre a barreira Angola/Namíbia em Oshikango.
O processo é razoavelmente simples, porém demorado.  Tivemos que descobrir os balcões onde fazer cada etapa.


Na saída da Angola a alfândega se preocupa basicamente com a evasāo de divisas, já que a sua lei proíbe a saída da moeda nacional. E também com a saída de combustível, já que a diferença de preços entre os países é grande.
Eu tinha lido que poderia ter dificuldades para abastecer na Namibia e que por isso era recomendado levar um reservatório. Logo que chegamos um homem querendo nos "auxiliar", uma espécie de despachante,  disse que teríamos que dar dinheiro aos oficiais para passar com o Diesel.
No fim conseguimos nos explicar e isso não foi necessário.


No sentido contrário vi muitos Angolanos tentando entrar com diversos produtos trazidos da Namibia. O milho, muito produzido na Namibia tem entrada proibida e os Angolanos adoram para fazer fuba e o tradicional funghi.
O que não entendi é porque os Angolanos não plantam. Afinal, a vegetação é muito parecida nas regiões próximas à fronteira e imagino que as características do solo também.
A sensação é de que a Namibia esta anos-luz à frente. Muito mais organizada. Muito menos corrupta.
Na barreira de entrada da alfândega de Angola vimos um cidadão encostar um carro completamente lotado de produtos e dar dinheiro ao policial. Foi liberado e saiu direto. Sem a menor discrição. Tudo ali pra quem quiser ver.
Pessoas passando a pé. Mulheres carregando um mundo na cabeça. Policiais batendo nas caixas, dando ordens para seguir ou parar. Gente passando direto, enquanto outras esperavam por um carimbo. Uma confusão.
Passamos por Ondangwa, cidade um pouco maior e na qual percebe-se a grande influência sul-africana. Seguimos e almoçamos num restaurante típico em Omithyia. A carne de caça é tradicional. Comi e amei a carne de Kudu! Esse animal nas foto abaixo. Vi também muito "fish and chips".
 Continuamos seguindo na direção Sul para chegar ao Etosha National Park.
Mas esse merece um post a parte.
Quero ainda deixar aqui algumas fotos da paisagem na beira da estrada e das pessoas pelo caminho.



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