É como dizem aqui. No dia dele é permitido farrear, tomar todas no bar... o que é que tem?! E isso não vale só a noite. A qualquer hora do dia também.
Se for sexta-feira não é anormal o seu motorista aparecer exalando álcool, um funcionário chegar no trabalho com o olho quase fechando. E epa! Tem que dar um desconto porque é Dia do Homem!
Perguntei a um angolano se tinha Dia da Mulher também. E ele muito safo respondeu que "Todo dia é dia da Dama!"
Só se for dia de lavar roupa, arrumar a casa, cuidar dos miúdos (crianças). A vida da Dama aqui não é nada fácil. Já se vê pelas zungueiras, aquelas vendedoras ambulantes, que carregam o bebê nas costas, um balde na cabeça e uma trouxa na mão.
Estive dando aulas essa semana, e isso ainda vai render um post a parte, mas achei engraçado observar como homens e mulheres não se misturam na sala. Sentavam sempre bolinhas da esquerda e luluzinhas da direita. Mesmo nos intervalos as rodas são separadas. Estou falando de adultos. Mas me lembrei mesmo foi das "festas dançantes" que eu ia na 4ª ou 5ª série.
Aqui é comum o homem ter uma esposa e algumas namoradas. E o angolano me explicou que se a mulher deixa o homem, toda a sociedade/família (inclusive a dela) diz que ela é uma mulher fraca.
Fraca porque se o homem tem outra é porque ela não cuidou dele como deveria.
É um machismo à la colônia. Ao ver e ouvir certas coisas me sinto na Idade Média.
Mas aiiiii se essa moda de Dia do Homem pega por outras bandas...
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